domingo, 29 de setembro de 2013

O Direito de voto

 O Direito ao voto foi uma reivindicação revolucionária ao longo de muito, muito tempo. Ao longo desse tempo muitos lutaram para que nós, hoje, pudéssemos ter o poder nas nossas mãos de eleger aqueles que queremos que nos governem.
 Ter essa capacidade, esse poder, é algo de que nos devemos orgulhar sempre. Principalmente se, como eu, são mulheres, pois não foi assim há tanto tempo que nos deram esse direito.
 Hoje, senti-me um pouco desiludida. (http://www.publico.pt/politica/noticia/afluencia-as-urnas-ao-meiodia-era-de-1944-1607470)
 Eu compreendo o descontentamento dos portugueses, eu compreendo a mensagem que pretendem transmitir. Agora, se a forma é a mais correcta? Não.
 Abstenção, não.
 Nós temos no nosso direito a realização de um simples acto de colocar a cruz num quadradinho que pode mudar o futuro. Nós é que os escolhemos.
 O importante é marcar presença, dar jus àqueles que outrora perderam as suas vidas em troca de nos dar este direito hoje. Se não querem / não confiam no partido x e no fulano y, votem em branco! Mas exerçam esse direito!
 Deixar de marcar presença, não ir votar por "não estarem satisfeitos" é do mais contraditório que podem dizer. Se não estão satisfeitos, é precisamente por isso que devem ir votar. Não o fazer é deitar fora o poder que temos que nos é fornecido pelo regime democrático de exprimir as nossas escolhas, sejam elas políticas, sociais ou morais.
 A melhor e única maneira de defender o Direito ao voto é exercê-lo, aliás, a maneira de defender qualquer direito é exercê-lo ! Seja qual for esse direito.

 Votar é mostrar que a luta de muitos e muitas valeu a pena.
 Votar é mostrar o nosso contentamento / descontentamento.
 Votar é ajudar à mudança
 Votar é definir o futuro.

Não sejam indiferentes a este assunto. Abstenção, não.